sexta-feira, abril 08, 2005

Custos da educação: o necessário e o desperdício

Não digo que não seja tentador o Estado garantir a cada família os manuais gratuitos e novinhos, em cada ano lectivo. Porque a educação é um serviço fundamental a que o Estado se obriga, tal não dispensa cada família de se responsabilizar pela educação dos seus, e isso passa também pelos custos com a educação.
Alguns anos atrás, tentaram convencer-nos de que tudo era gratuito, a responsabilidade dos pais passaria, quase apenas, pela tarefa do nascimento das crianças. Depois havia a creche, o colégio / a escola, o liceu...E quando a roda do tempo já tivesse girado as voltas certas, lá estava o adulto, criado nas instituições do Estado, pronto a tornar-se autónomo...
Puro engano. Cada vez mais sabemos que a utopia se esgotou. Hoje, cada cidadão tem de acordar para a cruel realidade: as coisas têm os seus custos.
Vem isto a propósito da iniciativa da ministra que, diga-se de passagem, apesar de todos os considerandos, vai esbarrar com um facto iniludível: as finanças públicas não são elásticas, e os montantes da colecta de impostos não irá crescer muito mais.
Assim sendo, a quem convém esta iniciativa é sobretudo às editoras que todos os anos terão a facturação assegurada. Enquanto isso, para suportar o desperdício, ao Estado resta a alternativa ou cortar noutros pontos onde é necessário intervir ou limitar o número dos que são subsidiados.
Lembremo-nos, no entanto, que países com uma situação económica mais desafogada (França) não se dão a estes luxos. Os livros são reutilizados.

4 comentários:

Unknown disse...

Olá Manel, tens razão no que dizes mas o povo gosta o povo vota neles deixa o povo pagar, não adianta eu desisti...eE ainda vamos ver muito mais.
Bjs

Anónimo disse...

Caro Manuel, muita coisa teria que mudar.As próprias editoras teriam que modificar a forma dos manuais, porque se reparares os exercicios são feitos no próprio manual.Não creio que seja uma medida sem pés nem cabeça da forma como as coisas estão.Claro que não é boa politica dizerem, estraguem.Arte por um canudo 2

Anónimo disse...

Adryka. O problema não está em quem vota ou não e em quem. A política não pode esgotar-se no voto. O direito a opinião e a interferir e mostrar desagrado quando se discorda é o mais natural na democracia que eu concebo.
Manuel

Anónimo disse...

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