segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Day after

Passou a campanha para o referendo sobre a IVG (aborto), gastaram-se argumentos, esgrimiram-se razões, pintaram-se cenários das cores mais variadas. Pessoalmente optei pelo silêncio, não é que não tenha opinião sobre esse tema, mas porque mais palavra menos palavra nada de importante acrescentaria à vozearia que se levantou, e que conferiu ao debate a dose suficiente de demagogia fácil.
Enquanto o país vive mergulhado em problemas bem mais graves, durante os últimos meses de que se entretiveram os jornalistas? «Apitos dourados», «opas» fictícias, e lá tinha de ser o «aborto»... O que eu acho incrível é como é que partidos de esquerda que assistem ao restaurar do capitalismo e do liberalismo económico à boa maneira do século XIX, com os trabalhadores a serem tratados como não eram há mais de 50 anos, abracem como grande bandeira a questão do aborto. E ninguém reparou que este filme já passou nos palcos do mundo ocidental há muitas décadas...
De resto o país , pachorrento, continua à deriva, a adiar para o dia de S. Nunca decisões importantes. A ter um sistema de saúde sofrível, uma população empobrecida e cabisbaixa, serviços públicos desacreditados e pouco eficientes, uma economia que persiste em ser fraudulenta. Por isso, não me venham falar tão cedo em aborto. Porque um país assim, está ostensivamente a sê-lo.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Um compasso de espera

Uma palavra apenas para aqueles que por aqui passaram, na expectativa de encontrarem novidades. Motivos familiares têm-me absorvido de tal modo que não me resta tempo, não me resta ânimo e de imaginação nem falar!
Espero que esta fase menos boa passe. O ciclo da vida continua e, deixando para trás folhas e ramos caídos, importa aproveitar a seiva que ainda corre. Pode ser que, raiando o sol, e recobrando o vigor se preencham de novo as horas.