quarta-feira, março 16, 2005

Nasce poema

Tudo começa num fio de sons

Tropeçando aqui e ali
Soltam-se sílabas
Palavras

Por vezes
um tímido juízo
quase frase

Mas nada capta o turbilhão de emoções
que no íntimo
se revolve


não há tempo da flor
que encha o poema de beijos
há apenas esta angústia imensa
de captar o indizível
que se levanta em nós
nos esmaga
nos espicaça
nos fere até à medula

Depois ainda insatisfeito de si
fixa-se no branco
semeando de negro a página branca

Nasceu o poema?

Talvez…

Manuel Guimarães

1 comentário:

Anónimo disse...

Very nice site!
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