Abro a persiana
o sol brilha envergonhado
lá ao fundo, rente ao mar
nuvens escondem o azul
Gaivotas irritadiças
esganiçam um canto
melhor um rouquejo
E valerá a pena sair
ver a água espumar-se na areia?
Bom
que caiam
grossas cordas de água
o encontro com o mar
é mais forte do que o tempo
E a praia ficou toda inteira para mim
os outros fugiram
uns pinguiços não me assustam.
Em corrida atiro-me às ondas
que rítmicas batem na areia
e o banho de mar
foi um banho lustral
lavou a imensa poeira
que me atravessava a mente.
Depois veio o sol
e aqueceu-me
e estendi-me recebendo-o
como uma carícia doce.
M.Guimarães,2005.
3 comentários:
adorei, Manuel, receber o mar com paixão, dá-nos liberdade, um gozo que é só nosso...
Olá Manuel. Depois de um banho de mar que tudo lava, o sol aquecendo renasce a alma. Belo o teu poema. Boas férias. Bjos
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