quarta-feira, junho 15, 2005
Convite
Venho muito respeitosamente
Com um olhar de soslaio e cândida perversão
Convidar a gentil dama a quem desejo
Como um galgo entontecido
Para uma virtual festa
Traga a camisa de seda
com aquele longo, longo decote.
Pode pôr esse perfume de violetas
colhidas junto às veredas
que serpenteiam a serra
Então
que seu peito arfe
e peça
um imenso beijo
e que lhe acaricie a nuca e
a pele macia do seu pescoço
Já no átrio
Saboreie
Os aromas frescos
Dos pêssegos
Aveludados.
Beba um pequeno gole
Desse adocicado
vinho rosé
e experimente o sabor
de colher um raio de sol
na varanda voltada ao poente.
Sentirá então no seu corpo
Um fio de água correndo
Que tornará sua sede
Mais funda
Mais quente.
M.Guimarães (2004)
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3 comentários:
Refrescante e delicioso!
Adorei o texto *
A gentil dama, tem muita sorte...
;-)
Muito belo o texto.
Estás de parabéns, Manuel.
És indiscutivelmente um grande poeta! E sem dúvidas um gentil cavalheiro.
Deixo então aqui registrado o quão fã sou de tua poesia, de teu blog e certamente de ti.
Um grande abraço!
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