O que dizer
quando se regressa aos espaços
de sempre
viciados de nós
pisados da nossa presença
e sabemos que da ausência
nada de novo brotou do solo exausto
que na penumbra de árvores transidas
de folhas enroladas
a aragem sopra ainda asperamente seca
e tudo se abate numa calmaria entediante.
Enquanto nas entrelinhas dos bizarros boletins
a sede se agiganta
e os pássaros doentes estilhaçam
os céus com gritos febris como pedras
Eu recolhido na sombra de gestos defensivos
aguardo que a amenidade doce da brisa
suavize o ar
tempere o sol ardente
e adoce os figos
hirtos e verdes
e os cachos enloureçam
de doce mosto.
Manuel Guimarães (2005)
3 comentários:
Tambem estou à espera que o Outono chegue, apague os incêndios, regue as plantas e encha as barragens. Estou á espera da agua, do tempo fresco, dos agasalhos, da lareira...
Também estou à espera do Outono, não porque me agrade mas porque é inevitável. Prefiro o sol dourado que ilumina a minha alma... Lindo poema, como aliás,se espera de ti. Beijo. Roby
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