Com o início do ano lectivo já aí, por que não uma reflexão sobre o estado da educação em Portugal? E ocorrem-me agora as pressões que sobre os professores se fazem quando se fala de sucesso escolar. As estatísticas fazem mais do que o estudo. Se os exames obrigam a estudar e chumbam os meninos: fácil! Acabem-se com os exames! Ou ainda melhor, baixe-se o nível de exigência dos exames! Mas que ninguém se lastime se o panorama for este: alunos que depois de percorrerem toda escolaridade até ao 12.ºano não sejam capazes de organizar um texto numa linguagem minimamente correcta e de interpretar com algum rigor a mensagem dum texto de dificuldade média. Muito do esforço dos professores dispersa-se em actividades burocráticas kafkianas em vez de se dirigido para aquilo que do professor se espera: a preparação dos seus alunos. Os alunos, por sua vez, em vez de se prepararem com um estudo aturado e sistemático para uma assimilação correcta e inteligente do saber e adquirirem as competências necessárias à sua progressão, procuram obter resultados imediatos, lançando mão de uma panóplia de mezinhas que enganam as estatísticas mas não alteram as evidências. Pode ser que algum dia, do lado do poder, das escolas (docentes e não docentes), dos alunos e seus encarregados de educação se faça o que há muito se devia fazer: educação. Nos últimos tempos, o treino, o amestramento, no fundo a fraude generalizada têm levado a palma. Mas é preciso acreditar! Temos de acreditar!
segunda-feira, setembro 05, 2005
Esta imagem vale mil palavras
Copiado do Cidadão!Com o início do ano lectivo já aí, por que não uma reflexão sobre o estado da educação em Portugal? E ocorrem-me agora as pressões que sobre os professores se fazem quando se fala de sucesso escolar. As estatísticas fazem mais do que o estudo. Se os exames obrigam a estudar e chumbam os meninos: fácil! Acabem-se com os exames! Ou ainda melhor, baixe-se o nível de exigência dos exames! Mas que ninguém se lastime se o panorama for este: alunos que depois de percorrerem toda escolaridade até ao 12.ºano não sejam capazes de organizar um texto numa linguagem minimamente correcta e de interpretar com algum rigor a mensagem dum texto de dificuldade média. Muito do esforço dos professores dispersa-se em actividades burocráticas kafkianas em vez de se dirigido para aquilo que do professor se espera: a preparação dos seus alunos. Os alunos, por sua vez, em vez de se prepararem com um estudo aturado e sistemático para uma assimilação correcta e inteligente do saber e adquirirem as competências necessárias à sua progressão, procuram obter resultados imediatos, lançando mão de uma panóplia de mezinhas que enganam as estatísticas mas não alteram as evidências. Pode ser que algum dia, do lado do poder, das escolas (docentes e não docentes), dos alunos e seus encarregados de educação se faça o que há muito se devia fazer: educação. Nos últimos tempos, o treino, o amestramento, no fundo a fraude generalizada têm levado a palma. Mas é preciso acreditar! Temos de acreditar!
Com o início do ano lectivo já aí, por que não uma reflexão sobre o estado da educação em Portugal? E ocorrem-me agora as pressões que sobre os professores se fazem quando se fala de sucesso escolar. As estatísticas fazem mais do que o estudo. Se os exames obrigam a estudar e chumbam os meninos: fácil! Acabem-se com os exames! Ou ainda melhor, baixe-se o nível de exigência dos exames! Mas que ninguém se lastime se o panorama for este: alunos que depois de percorrerem toda escolaridade até ao 12.ºano não sejam capazes de organizar um texto numa linguagem minimamente correcta e de interpretar com algum rigor a mensagem dum texto de dificuldade média. Muito do esforço dos professores dispersa-se em actividades burocráticas kafkianas em vez de se dirigido para aquilo que do professor se espera: a preparação dos seus alunos. Os alunos, por sua vez, em vez de se prepararem com um estudo aturado e sistemático para uma assimilação correcta e inteligente do saber e adquirirem as competências necessárias à sua progressão, procuram obter resultados imediatos, lançando mão de uma panóplia de mezinhas que enganam as estatísticas mas não alteram as evidências. Pode ser que algum dia, do lado do poder, das escolas (docentes e não docentes), dos alunos e seus encarregados de educação se faça o que há muito se devia fazer: educação. Nos últimos tempos, o treino, o amestramento, no fundo a fraude generalizada têm levado a palma. Mas é preciso acreditar! Temos de acreditar!
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7 comentários:
Olá Manel mandas cá um senhor post, gostei muito. Pensei que me tinhas esquecido.
Beijos
Os amigos não se esquecem facilmente. Apenas respeitei o teu merecido descanso.
Manuel:
Consegui entrar no teu blogue. Gostei. Dizes, a propósito da educação, que é preciso acreditar. Admiro o teu optimismo. Olha, quanto a "cromos", que dizes do dito "Maniche"?
Um abraço. JBS
Tens toda a razão.
E há muitos licenciados analfabetos. Demasiados.
Abraço.
Todo o sistema de ensino está, a meu ver, desactualizado e inadequado às necessidades do país. Sem falar na incompetência de uma grande percentagem de professores que não têm a mínima vocação para sê-lo. Ainda bem que desisti do ensino. Tardou, mas não falhou.
Beijinhos. ****
P.S. Excelente post.
Mas também ainda existem muitos professores com muita paciência e sapiência para ensinar.
Os alunos, uma percentagem deles, não vão às aulas para estudar, vão apenas porque os seus amigos também lá estão e sempre se encontram nos intervalos. Quando não fazem gazeta.
Boa semana
Manuel, que te direi hoje? que concordo a 1000% contigo e que lamento que os bodes do estado caótico a que chegou o nosso Portugalzinho sejam os professores... É bem verdade que quando falta o pão todos ralham e ninguém tem razão e que em terra de cegos quem tem olho é rei, logo, abata-se que pode fazer frente aos neo-iluminados deste país... Viva a incompetência! Beijo. Roby
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