O velho que escrevia poemas de amor Tomou a lira E desfez-se em canto Buscou a vida na tessitura do verso E quando, enfim, tudo parecia certo, Dando corpo aos sentimentos em beijos Numa tensão real Veio o vento E arrancou-lhe das mãos Uma a uma as folhas polidas dos versos E deixou-lhe apenas o papel branco Da sua imensa angústia. Vencido, quebrou a lira, rasgou os versos E ficou olhando na lonjura A grandeza da sua ilusão. Manuel Guimarães |
quarta-feira, janeiro 12, 2005
O velho que escrevia poemas de amor
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