quarta-feira, agosto 16, 2006

Será Tarde

Um dia
Não estarei ali
Um dia o sol não transporá as montanhas
Nem a lua beijará a copa dos meus castanheiros

Um dia a trágica silhueta das
Árvores calcinadas não terá câmaras apontadas

Nem o voo insondável da ave
cortará de leveza os céus

Nem mais
O azul se dará em seus tons múltiplos
Na paleta dos pintores

Um dia não mais a raiva cruenta das armas
Sagradas aos deuses
Manchará de sangue a face da terra.

Um dia os grandes conflitos serão
Ridiculamente mesquinhos
na sua insignificância

E os poemas serão apenas ecos
Gastos que ninguém ouvirá

Porque o dia da verdade veio
Antes dos homens terminarem
o seu jogo de morte.
Manuel Guimarães (2006)

7 comentários:

Menina Marota disse...

"...Nem o voo insondável da ave
cortará de leveza os céus..."

...porque será tarde...

Deixo um abraço

Anónimo disse...

Caríssimo

Eu como sócio do Belenenses, acredite, não fico satisfeito excepto quando ganho.
Quanto á questão do Gil Vicente e sabendo ser minhto, dir-lhe-ei que os seus dirigentes cometeram toda a espécie de ilegalidades possívei e imaginárias.
Desde janeiro que eu sei que existe este caso, e desde sempre o Gil Vicente tem cometido, com o actual presidente, antes não, ilegalidades monstruosas que irão afectar o Clube de Barcelos e Bracelos.
Será, então, tempo de alguém pedir responsabilidades ao Fiúza.
Abraço

Anónimo disse...

Já agora, porque sou desportista e estou bem ligado ao meio belenense, incluíndo a Direcção, entres os quais tenho amigos, dir-lhe-ei o seguinte:
Nós temos muito respeito pelas gentes de Barcelos e não misturamos alhos com bugalhos e a prova do nosso respeito está neste fact:
O Director Técnico do Futebol do Belenenses é um ex-jogador do Belenenses nascido em Barcelos.
Nome: Tuck.
Abraço

Dra. Laura Alho disse...

Bonito poema.
Já tinha saudades de ler nestas paragens... :) Beijos *

Poesia Portuguesa disse...

"...Um dia a trágica silhueta das
Árvores calcinadas não terá câmaras apontadas..."

Bj;)

Amita disse...

E porque se esvaem os gritos
daqui, dali, de todo o lado
e o mundo fica parado
surdo, cego, incongruente,
no tempo do já sem tempo...
quando, em surdina, um vento
corre, abana a demência,
num alerta, numa súplica,
no abraço da ciência,
das mentes
de braços pendentes?...

Um bjinho, Manuel, pelo teu belíssimo poema

Andreia disse...

sim... um dia...