Um dia
Não estarei ali
Um dia o sol não transporá as montanhas
Nem a lua beijará a copa dos meus castanheiros
Um dia a trágica silhueta das
Árvores calcinadas não terá câmaras apontadas
Nem o voo insondável da ave
cortará de leveza os céus
Nem mais
O azul se dará em seus tons múltiplos
Na paleta dos pintores
Um dia não mais a raiva cruenta das armas
Sagradas aos deuses
Manchará de sangue a face da terra.
Um dia os grandes conflitos serão
Ridiculamente mesquinhos
na sua insignificância
E os poemas serão apenas ecos
Gastos que ninguém ouvirá
Porque o dia da verdade veio
Antes dos homens terminarem
o seu jogo de morte.
Manuel Guimarães (2006)
7 comentários:
"...Nem o voo insondável da ave
cortará de leveza os céus..."
...porque será tarde...
Deixo um abraço
Caríssimo
Eu como sócio do Belenenses, acredite, não fico satisfeito excepto quando ganho.
Quanto á questão do Gil Vicente e sabendo ser minhto, dir-lhe-ei que os seus dirigentes cometeram toda a espécie de ilegalidades possívei e imaginárias.
Desde janeiro que eu sei que existe este caso, e desde sempre o Gil Vicente tem cometido, com o actual presidente, antes não, ilegalidades monstruosas que irão afectar o Clube de Barcelos e Bracelos.
Será, então, tempo de alguém pedir responsabilidades ao Fiúza.
Abraço
Já agora, porque sou desportista e estou bem ligado ao meio belenense, incluíndo a Direcção, entres os quais tenho amigos, dir-lhe-ei o seguinte:
Nós temos muito respeito pelas gentes de Barcelos e não misturamos alhos com bugalhos e a prova do nosso respeito está neste fact:
O Director Técnico do Futebol do Belenenses é um ex-jogador do Belenenses nascido em Barcelos.
Nome: Tuck.
Abraço
Bonito poema.
Já tinha saudades de ler nestas paragens... :) Beijos *
"...Um dia a trágica silhueta das
Árvores calcinadas não terá câmaras apontadas..."
Bj;)
E porque se esvaem os gritos
daqui, dali, de todo o lado
e o mundo fica parado
surdo, cego, incongruente,
no tempo do já sem tempo...
quando, em surdina, um vento
corre, abana a demência,
num alerta, numa súplica,
no abraço da ciência,
das mentes
de braços pendentes?...
Um bjinho, Manuel, pelo teu belíssimo poema
sim... um dia...
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