quarta-feira, abril 05, 2006

RealPolitik

Não, senhor Primeiro-Ministro, não concordo!
Por um prato de lentilhas não devemos vender os nossos ideais.
Onde está a defesa dos direitos humanos, da democracia? Será que temos de fechar os olhos a tanta coisa?
A visita que sua Excelência fez a Angola, em grande Estado, não será o aceitar da situação? Não será continuar a fazer de conta que o povo angolano vive uma situação de estado de direito?
Quando foi o último acto eleitoral livre em Angola? Que legitimidade têm os seus actuais governantes? Que têm feito eles às riquezas dessa terra, quando o povo continua a morrer de doenças absurdas, por carências tão elementares?
Não estará a dar cobertura a um regime que se tornou dono dum povo, duma terra, para a espoliar egoisticamente?
E a liberdade de expressão dos jornalistas perseguidos? Não significa nada?
No passado, a desculpa foi a guerra; mas agora que os canhões já se calaram faz tempo, tudo parece permanecer.
Sabemos que o pragmatismo na política fala mais alto do que a consciência, mas importa que esta não se cale.
Por mim, dói-me ver um povo que podia ter tudo, ter de estender a mão à caridade internacional, porque os seus governantes pensam primeiro nos seus benefícios.

3 comentários:

Anónimo disse...

O que se passa em Angola é o resultado da péssima descolonização realizada à pressa, depois do 25 de Abril.
Quem na altura liderou esse processo nefasto deveria hoje ser julgado em tribunal internacional.
A irresponsabilidade desses mentecaptos levou a que o povo de Angola vivesse durante muito tempo, num clima de guerra civil, na fome e miséria, governados por um grupo de macacóides que não se importa de roubar o Estado e deixar os seus cidadãos na situação de miséria extrema.

Anónimo disse...

Angola já não é nossa mas, se fosse, estaria a passar pela mesma miséria porque os nossos governantes, tal como os deles, só pensam em benefício próprio...Depressa, precisa-se de políticos com P, altruístas e cpazes, efectivamente capazes...Beijo!

Anónimo disse...

Boa Páscoa!