Não vou ficar assim
a ver os dias
escorrerem cinzentos
dormentes e tristes
Não vou silenciar
as ondas
nem calar a voz sonâmbula
das sombras
Vou esculpir na pele rugosa das árvores
as linhas curvas dum
qualquer fado
captar num traço
o gemer da terra
o brilho da estrela
e o sopro fresco do vento
Poema
funde no teu corpo
a quentura dos sentidos
afaga-os com o aveludado das vogais
porque a vida se torna mais viva
na poesia.
Manuel Guimarães
3 comentários:
Acabei de conhecer teu blog e gostei muito. Identifiquei-me com tua proposta de buscar “uma relação renovada com o mundo, as pessoas, os sentimentos...”. À minha maneira, também tenho buscado por isso. Outros pontos de identificação foram a profissão, pois também sou professora, e a poesia. Já adicionei teu blog aos meus “favoritos”, para acessar sempre. Agora já sabes que tens uma admiradora “além mar”, no Brasil.
Abraços...
Vera, foi com gosto que verifiquei que passate por cá. Serás sempre bem-vinda. Lamento não poder dar um melhor e mais frequente contributo para este espaço.
Gostei de ler e voltarei!
Abraço
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