quinta-feira, março 01, 2007

História de mulas e camelos

Os políticos servem-se e poderão também servir para alguma coisa.
Por vezes, no lodaçal, desabrocha uma flor. Seria bem interessante que mais flores por lá (o seu viveiro predilecto - o parlamento) se vissem, e não tantas «florzinhas»...
Mas a flor que ontem despontou é de um perfume raro, tresanda a conselheiro Acácio e outros espécimes.
E se a propósito de dramas sociais e humanos, como o do «desemprego», fôssemos mimados com chalaças de «mulas» e «camelos»?
Pois foi mesmo isso que aconteceu, ontem. O Chico do BE interpelou o Zé-Primeiro acerca dos números do desemprego em Portugal; e com a graça que o caracteriza aquele comparou o raciocínio do Zé-Primeiro com a imagem do camelo, dizendo que porque houve duas bossas (momentos altos de desemprego) e uma baixa, isso não fazia com que o camelo se tornasse, por cálculo de média, numa mula.
Como, sabemos estamos entregues aos bichos, com ou sem bossas.

3 comentários:

Anónimo disse...

As instituições públicas e privadas criaram a moda da instabilidade dos empregos. Empregam as pessoas com contratos a termo certo para depois fazerem contratos a «recibos verdes», para novamente fazerem contratos a termo, e sempre com os mesmos funcionários.
Esta instabilidade sofre-a o trabalhador porque o seu futuro é sempre limitado, os seus projectos, os seus sonhos são condicionados.
Mas será que a instituição que emprega desta forma não é também ela prejudicada???
É preciso começar a mudar esta tendência. As instituições empregadoras têm que começar a premiar os funcionários que produzem, que são responsáveis e pessoas dedicadas.

Amita disse...

Loool
Um abraço e um dia de sol

SILÊNCIO CULPADO disse...

Tudo isso é verdade. E eu acrescentaria ainda: não aceitem como certa a menoridade mental dos portugueses ao considerarem que a evolução das taxas de desemprego são lidas conforme o governo quer que se leiam. Há alturas em que o desemprego desce não porque tenham sido criadas novas oportunidades de trabalho mas porque os desempregados emigraram, outros passaram à situação de reformados e outros ainda, daqueles que não recebem subsídio, deixaram de manter a inscrição no centro de emprego porque a mesma não dava em nada.
Gosto deste "sítio" e voltarei mais vezes.